Deixar-se levar de volta é a tarefa de vocês, irem fazendo as coisas, irem experimentando, mas vocês levam tudo tão a sério nesse mundo, identificam-se tanto com ele que esquecem sua origem divina. Dão tanto valor e importância aos resultados de suas experiências que sofrem com elas, desesperam-se com elas, desgastam-se com elas.
Quando Cristo disse é preciso ser uma criança para entra nos reinos dos céus , quis significar isso, a simplicidade, a naturalidade com que as crianças realizam suas experiências e adquirem aprendizado. Essa é uma das maiores graças do nosso Pai.
É possível aprender sem se condenar, sem se estressar nem se cobrar demais. No entanto, por identificarem-se demasiadamente com os resultados e as conquistas, vocês perdem a espontaneidade da criança.
Ser como a criança para experimentar, não tendo medo do que vai surgir, e como cientista para anotar os resultados das experiências, conferi-los e relacioná-los, lhes daria muito mais satisfação e aprendizado nesse mundo.
Mas vocês muitas vezes têm medo de tentar, de experimentar, de perguntar e de pedir. Muitas vezes também ignoram, varrem para debaixo do tapete os resultados de suas experiências. Como então poderão aprender com a vida? Como ela pode exercer o papel de mestra que lhe cabe?
No entanto, vocês mal tomam consciência disso, não percebem como as coisas são engendradas, como são propositais – e não gratuitas. Continuam preferindo acreditar em aleatoriedade. O aleatório não existe, nada é aleatório no mundo. Se fosse, então os corpos de vocês não existiriam, as moléculas não se uniriam, os sóis não teriam planetas em sua órbita, os átomos não se agregariam.
Vocês podem dirigi-la, mas precisam ficar atentos. Precisam realmente jogar, experimentar, ousar fazer coisas novas se querem novidade e movimento em sua vida. Precisam também ficar atentos aos resultados que suas experiências lhes trazem, fazer o balanço do que obtiveram e concluir a partir daí. Esse é o modo de aprender empiricamente, que utilizam em sua própria ciência, mas não utilizam na vida.
Mente é como um músculo precisa ser exercitada para ampliar-se. As conexões neurais respondem aos seus esforços quando estimuladas, expandem-se, estabelecem redes, interconectam-se. Há uma contraparte física, obviamente, para a mente espiritual de vocês, essa mente está ligada ao cérebro, o motor do pensamento, o computador, o hardware como costumam dizer.
Há tantos livros, tantos assuntos, tanto material em que poderiam basear-se para sua expansão. Se não se esforçarem nesse sentido, se não procurarem leituras, cursos, conhecimentos, a mente de vocês não se expande e o computador continua limitado – e assim é realmente difícil ampliá-lo para capacidades maiores. Leiam, estudem, o conhecimento está muito acessível a todos vocês, está muito aberto. Comecem a fazer mais conexões com seu computador-cérebro.
Vocês são cálices; ampliem-se e poderão tirar mais da vida assim. A mente em desuso, acostumada às trivialidades do mundo de vocês, a mente que se ocupa com o sensacionalismo e com a vida dos outros, que se entretém com coisas que não trazem progresso nem aprendizado, essa mente se acomoda e torna-se difícil ampliá-la.
Vocês se enchem de informações, mas às vezes informações inúteis. O que fulana vestiu no jantar, o que ciclana vai fazer no seu segundo casamento, as fofocas, as atividades sociais, o conhecimento da vida de ninguém vai lhes trazer essa ampliação da mente de que falo.
Eis para que serve. É a partir do intelecto que se abrem oportunidades de expansão da consciência cósmica. O problema também é que não se pode ficar preso apenas no que se vê, ao que se deu, como se o mundo fosse tão previsível, mas isso é tema para outra conversa.
Com essas três coisas, vocês passariam a viver muito mais consciente e ricamente. Tirariam melhor proveito de sua existência aqui. Na paz e na luz me despeço,
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