MÉDIUNS, NÃO ABANDONEIS VOSSAS TAREFAS – Mensagem de André Luiz

Jesus seja conosco.
Irmãos, quando, de forma humilde e despretensiosa, com autorização das Hostes Superiores, apresentamos ao mundo as realidades invisíveis do plano astral que circunda o plano material, não tínhamos a dimensão exata das dificuldades que enfrentaríamos e da importância de seguir no trabalho de disseminar verdades, retirando o véu da ignorância, descortinando pequena parcela da realidade espiritual. 
Entretanto, nosso trabalho representa apenas uma parte do conjunto de mensagens e revelações que deveriam ser transmitidas à humanidade terrena, ainda tão imatura e carente de conhecimento e de fé.
Muitos dos médiuns que se comprometeram com a tarefa espiritual de trazer para a Terra as revelações de fundamental importância para o despertar das consciências humanas, com o objetivo de acelerar a evolução das criaturas, ou abandonaram a tarefa a meio caminho ou sequer a iniciaram.
No entanto, irmãos, aqueles que se dedicaram às tarefas espirituais com disciplina e amor, levaram aos necessitados uma palavra amiga da espiritualidade e reanimaram os carentes com esperança.
Vós que, em meio ao caos, desejais mudanças, prossegui em suas tarefas sacrificiais, porém necessárias, pois o caos aumentado nos planos invisíveis adjacentes à humanidade interage incessantemente com as criaturas encarnadas.
Multiplicam-se o desespero, o sofrimento e a loucura dos espíritos em torno dos encarnados e os Postos de Socorro e Colônias Espirituais Socorristas não se multiplicaram em número suficiente para albergar todos os sofredores.
Portanto, irmãos, prossegui alertando e despertando as consciências dos irmãos da Terra, pois é tempo de acordar e trabalhar pela própria transformação.
Jesus é conosco e a prática de Suas Lições Imortais aproxima-nos de Sua Presença, que é constante entre nós.

Espíritas, uni-vos na disseminação dos conhecimentos acerca da imortalidade e sobrevivência da alma.

Unidos no propósito de servir ao Cristo, alcançaremos o maior número de almas irmãs, que necessitam despertar antes da aurora da Nova Era.

Paz e amor.


André Luiz
Fonte: http://www.extraseintras.com.br/

NÃO VOS AFASTAIS DO PROPÓSITO DE LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL – André Luiz

Irmãos, resta pouco tempo para o início das grandes transformações que a Terra e sua humanidade sofrerão.
Nós, do Mundo Espiritual, usamos as chances de alerta que nos são concedidas, de todas as formas possíveis e permitidas, para alertar-vos que não vos afasteis do propósito de libertar-vos das amarras do atraso espiritual e da ignorância, pois muitas das oportunidades ofertadas pelos espíritos amigos que os acompanham são perdidas pela rebeldia, pela vaidade e pelo orgulho exacerbado.

É como se esses fatores negativos fossem inerentes ao ser espiritual. No entanto, esses sentimentos daninhos não fazem parte da centelha divina criada pelo Pai; são, antes, o acúmulo das ações negativas do passado que, aderidas aos vossos corpos astrais, formam as manchas que hoje carregais.

Portanto, se vos causa incômodo carregar essas nódoas, cabe a vós um esforço diário maior para anular os efeitos nocivos dos venenos que adoecem a alma.
O processo é doloroso, incômodo e exige sacrifício e esforço em sublimar o espírito rebelde, mas convidamos a todos para iniciar a regeneração das vossas almas, porque a iniciativa partida de vós surtirá efeito no exemplo que contagiará a todos que vos rodeiam.
Não vos faltará ajuda, pois a Luz fortalece aqueles que se propõem a mudar.

Paz a todos.


André Luiz
GESJ – 13/10/2015 – Vitória, ES – Brasil

AMAR E PERDOAR SEMPRE – André Luiz

Amar e perdoar sempre
O suave perfume da flor toca aquele que aprende a perdoar!
O fardo da caminhada fica mais leve para aquele que se esforça em perdoar!
As dificuldades ficam mais fáceis de suportar para aquele que compreende o que é perdoar!
Em todos os instantes, a vida apresenta lições para que o ser humano possa aprender a perdoar e a oportunidade de coloca-las em prática.
Agradeça o oponente que se opõe a sua defesa; talvez no passado tenha sido você quem lançou falso testemunho.
Peça a Proteção Divina para aquele que por algum motivo, desferiu o golpe que ocasionou a sua queda; talvez em outras vidas foi você o verdugo que indiferente, cravou a espada certeira.
Se, na sua família, o seu ente mais próximo, não compreende o seu esforço de amar e perdoar, lição aprendida nesta vida, talvez foi você quem pôs fim a harmonia familiar em remotos convívios.
Portanto, perdoar é uma lição que deve ser posta em prática diariamente: no perdão das ofensas, quando sua opinião não é ouvida, quando o respeito não é garantido nas relações, quando se é preterido por algo ou alguém.
Irmãos, é jubiloso aquele que sabe perdoar, mas é admirável o ser que, apesar das aflições, esforça-se a pô-lo em prática.
Não nos transformaremos em anjos do dia para a noite porque se aprendeu a perdoar, mas este é o degrau mais importante para a criatura distanciar-se das provas e expiações.
Amar e perdoar sempre.
André Luiz
Fonte: http://www.extraseintras.com.br/

A VIDA NÃO CESSA

A vida não cessa. 
A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. 
Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! 
É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! 
É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!… 
Seria extremamente infantil a crença de que o simples “baixar do pano” resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo – uma veste.
Um século – um dia.
Um serviço – uma experiência.
Um triunfo – uma aquisição.
Uma morte – um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira – ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas. 
Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa. Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Manifestamo-nos, junto a vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. 
A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. 
Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. 
Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que “o espírito sopra onde quer”.
E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santuário do coração.
Que o Senhor nos abençoe.

AÇÃO E REAÇÃO

No universo tudo é cíclico. 

Existe tempo para tudo, o momento certo de cada coisa. Mas tudo vai e vem, nasce e morre, levanta e cai, clareia e escurece, esquenta e esfria.

Para toda ação há uma reação, por isso, você não é vitima de nada. Tudo que você está colhendo em sua vida hoje é resultado do que plantou no passado. 

O pensamento é quem cria ou transforma a sua realidade. 

Os pensamentos são geradores de espírito. Se você souber moldá-lo positivamente, também vai moldar um futuro positivo.

Você co-cria o futuro o tempo todo. A sua forma de reagir à vida e aos acontecimentos podem alterá-lo a todo instante.

Você é o maior mestre da sua existência e responsável por sua evolução. As pessoas mais sábias que existem ao nosso redor podem nos ajudar a compreender melhor nossos papeis, no entanto, jamais executá-los por nós.

Todos temos a capacidade de influenciar o psiquismo de qualquer lugar e qualquer pessoa. 

Quando irradiamos uma intenção positiva, conscientemente podemos influenciar multidões a agirem da mesma forma.


Agindo assim, passamos a ser colaboradores de Deus no processo evolutivo. E isso é se tornar um ótimo exemplo para a humanidade.

Todo pensamento, emoção e sentimento geram uma energia. A questão da polaridade ser positiva ou negativa é uma escolha de cada um.

A busca diária e consciente por um estado de espírito elevado é um dos pontos mais importantes desse processo. Requer disciplina e dedicação, mas pode ser conquistado de muitas formas diferentes e assimilado de maneira natural, sem complicações.

Desenvolver a espiritualidade é assumir e cumprir compromissos com a nossa própria essência. 

Se você não encontrar tempo para a sua evolução, inegavelmente vai se tornar solo fértil para desequilíbrios de qualquer ordem por simples negligencia.

A busca pelo desenvolvimento da espiritualidade nunca termina. Pelo amor ou pela dor, um dia, em algum momento, você vai se render à necessidade de buscá-la. Comece o quanto antes, isso facilita as coisas e torna a vida mais prazerosa.

“Orai e vigiai” é um dos instrumentos mais importantes nessa busca.

Manifesta a necessidade que temos  de cuidar com atenção de todas as coisas que produzimos em nossos pensamentos, tendo a consciência de qual tipo de energia estamos gerando para o universo e para nós mesmos, que, por conseqüência, poderá aproximar acontecimentos da mesma freqüência.

Somos eternos responsáveis. “Não faça para o seu próximo aquilo que não quer que lhe façam.”

As respostas aos nossos anseios estão dentre de nós mesmos. Precisamos aprender a buscar no nosso interior, evitando assim a busca desenfreada e iludida por soluções e respostas no mundo externo.

O livre-arbítrio é uma ferramenta que deve ser utilizada com sabedoria. 

A liberdade existe, a reação também. Pense sempre que todos os atos geram conseqüências. Atos positivos, conseqüências também positivas. O inverso obedece à mesma lei.

Você tem uma missão a ser realizada nessa existência e precisa se alinhar a ela. Não dá para achar que o nosso único propósito aqui na Terra é apenas trabalhar, sobreviver e pagar as contas. Temos que evoluir e isso significa muito mais que defender apenas os interesses do mundo material.

A solução dos seus problemas não esta em outra pessoa. As pessoas ao seu redor podem ser gatilhos de sua evolução, bem como amparos nessa jornada, jamais salvadores, tampouco culpados por nada.

A gratidão e meditação (oração) são exercícios diários para manter qualquer pessoa em contato direto com os planos superiores e os melhores níveis de vibração. Se você não aprender a ser grato pelo que tem, jamais vai conseguir conquistar sucesso, paz e saúde.

Aprenda a se alimentar das coisas simples da vida, compreenda a essência da sua existência e livre-se da miopia consciencial e do egoísmo. O apego e o materialismo excessivo escravizam, pois tornam as pessoas dependentes umas das outras e de coisas materiais.

Seu corpo físico não é tudo! Somos constituídos de uma essência transcendente a essa casca densa. Não deixe de cuidar com carinho e atenção do seu corpo, mas ele é apenas um dos pés de uma cadeira. Não se iluda com as aparências.

No mundo físico, Issac Newton, formulou a 3ª lei na mecânica, que declara: “toda força impulsionada numa determinada direção, gera outra força , de igual intensidade em sentido contrário”. Esta lei física, costuma ser designada como lei de ação e reação e governa também “relações espirituais”.

Dessa forma, pensamento, vontade e atos, são forças que lançamos, as quais devem dar origem a forças em sentido contrário, isto é, ao “choque de retorno”. Este retorno recairá sobre aquele que gerou a perturbação no ambiente com sua atuação desatinada; ou virão de volta alegria e paz, se o bem partiu dele. “Toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores” (André Luiz). A ação do mal pode ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço de reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia quebrada pôr nossas atitudes contrárias ao bem. Nossas ligações com a retaguarda continuam firmes; ninguém avança para a frente sem pagar as dívidas contraídas…

Jesus fez várias referências à lei de causa e efeito nas suas lições, acentuando a importância dela para a redenção do espírito humano. 


Afirma o Mestre: ” não julgueis para não serdes julgados” (Mt. 7:1); “Com a medida com que medirdes sereis medidos” (Mt. 7:2);
“Todo o que comete pecado, é escravo do pecado” (Jo. 8:34),
“Se perdoarmos as ofensas recebidas, Deus igualmente perdoará os nossos erros”(Mt. 6:14-15).
Em suma: ” E o que quereis que vos façam os homens, isso mesmo fazei vós a eles” (Lc. 6:31).

Ao pensar e agir, o homem liberta forças e fica sujeito ao retorno delas, nesta ou em outra vida, provará o fel ou o mel que fez o outro beber, todavia, a aplicação da lei no nível espiritual é relativa porque a mesma “vontade” pode, noutra ocasião, agir em sentido contrário e atenuar o choque mediante a libertação de novas forças, agora positivas.


Não temos o poder de extinguir os efeitos da volta sobre nós, mas podemos modifica-los se mudarmos de rumo, e atuarmos noutra direção com esse intuito.

Sem o conhecimento da reencarnação, teríamos uma noção completamente nula das relações de causa e efeito. É ela que permite encadear as ações de uma vida para a outra, fazendo que sofra o indivíduo o que fez outro sofrer antes. Logo, ação e reação, além de importante lei física, é relevante lei moral; rege as relações inter-humanas e ensina ao espírito como atuar e progredir.

Regula ainda o livre-arbítrio; a liberdade existe antes de agirmos, após o lançamento do ato, ficamos sujeitos às conseqüências.

Nossas vidas são misturas de alegrias e sofrimentos em proporções variadas. ” A cada um segundo as suas obras” disse Jesus.

É ainda o mesmo princípio; quem foi insaciável provará a miséria; quem muito cuidou de si, passará solidão; quem violou será violado; se alguém perdeu um braço pôr nossa causa, perderemos um braço também; se caluniamos, lidaremos com a calúnia.

As dívidas com a Lei podem ser atenuadas pelo bom procedimento e os resgates reduzidos, de modo que o interessado não fique apenas submetido à cobranças, mas tenha também oportunidade de adquirir méritos pelo trabalho ativo no bem e pelo sofrimento valorosamente suportado.

Um indivíduo que matou outro, noutra vida para obter vantagens, estará em situação adequada para ser morto, noutra vida. Se porém, modificou-se intimamente e provou sua nova condição interior através da assistência a sofredores, virá ao mundo resgatar o seu crime pôr meio de uma doença, digamos , uma lesão valvular no coração, que o fará sofrer e, finalmente, desencarnar. Mudando o criminoso, não se faz necessário o episódio sangrento. A misericórdia Divina quer a transformação moral do homem e não o seu sacrifício sem o motivo consistente.

Um débito poderá ser classificado dessa forma:

  • Estacionário- quando a vida passa sem mudança de atitude íntima; a pessoa carrega um fardo de dívidas de uma existência para a outra até que a lei tome providências drásticas , como nascer paralítico, cego, sem braços etc.;
  • Resgate interrompido- quando o sujeito abandona a situação em que está e mete-se em nova complicação, como abandonar a família legal e formar outra;
  • Aliviado- se a ação positiva for encetada na liquidação da dívida;
  • Dívida expirante- se o sujeito liquida o erro sem cometer outros;
  • Dívida agravada- quando o interessado repete o erro anterior, geralmente ampliando-o na vida atual dobrando o débito;
  • Resgate coletivo- em grupo, todos com a mesma dívida.

Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem justiça na aferição de valores.

Qualquer sombra de nossa consciência jaz impressa em nossa vida até que a mácula seja lavada pôr nós mesmos, com o “suor do trabalho ou com o pranto da expiação”

Quando a nossa dor não gera novas dores e nossa aflição não cria aflições naqueles que nos rodeiam, nossa dívida está em processo de encerramento.

Quanto mais amplitude em nossos conhecimentos, mais responsabilidade em nossas “ações”. 

Através de nossos pensamentos, palavras e atos, que nos fluem, invariáveis do coração, gastamos e transformamos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva nos setores da experiência; e de nossas intenções e aplicações, nos sentimentos e práticas da marcha, a vida organiza em nós mesmos, a nossa conta agradável ou desagradável ante as Leis do Destino…

Vivemos tempos difíceis, cuide bem de sua vida, seus atos e seus entes-queridos. Supliquemos a Jesus que nos conceda forças para a vitória !


Fonte: http://www.espirito.org
http://despertardegaia.blogspot.com/

Vida após a Morte – Parte 2 – Do Outro Lado da Vida

Do Outro Lado da Vida
É verdade que existem pessoas que sequer acreditam na existência na alma. Para estas, quando o corpo físico cessa sua existência, tudo acabou. Mas a grande maioria da população do planeta acredita que, após a morte, a vida continua em outros planos de existência, tão ou mais intensa do que na Terra.

É bem possível que nunca na História tenha se discutido tanto o tema “vida após a morte” quanto agora. A facilidade com que as idéias são expostas e divulgadas ajuda muito.

Parece que, quanto mais a sociedade se volta para o materialismo – seja pelo consumo desenfreado ou devido às necessidades básicas da vida –, mais as pessoas procuram saber a respeito desse mundo invisível e desconhecido para a maioria dos humanos.

É verdade que as descrições das dimensões superiores são tão (ou mais) antigas quanto as religiões. Mas após a detalhada descrição fornecida por André Luiz através de Chico Xavier, a quantidade de relatos a respeito do mundo espiritual aumentou muito.

Alguns médiuns dizem que hoje o mundo espiritual encontra-se mais próximo do mundo material, daí a facilidade com que os relatos têm sido transmitidos, captados, canalizados.

Nem todas as pessoas concordam com o que é dito sobre o mundo após a morte, e ocorrem disputas até mesmo acirradas. Mas a discussão é sempre interessante, desde que bem educada.

Para muitos pensadores, não há dúvida de que os conceitos cristãos de Céu e Inferno ainda estão muito presentes principalmente na cultura ocidental, mas de maneira geral as noções sobre a vida após a morte têm se estendido para além dessa visão, considerada insuficiente para explicar a complexidade da existência em outros níveis.

Essas descrições surgem das mais diferentes correntes de pensamento, às vezes com origens tão antigas quanto a humanidade, outras tão recentes que têm dificuldade em encontrar a credibilidade necessária – para muitos estudiosos do assunto, a credibilidade é uma das questões centrais aqui. Com o crescimento no número de relatos e canalizações, o tema correu o risco de ser banalizado ou transformado em simples veículo para pessoas mal-intencionadas.

Sendo assim, estamos numa pista com duas direções: de um lado, nunca tivemos tantas mensagens e com tantos detalhes; de outro, nunca foi tão necessário ter um pé atrás com relação a essas mensagens, ou melhor, aos mensageiros.

Não há dúvida de que o ego atrapalha em muito, e grande parte das disputas já citadas se dá nesse terreno pegajoso, correndo o risco de se deturpar as mensagens em nome de interesses puramente materiais, mesmo quando isso ocorre de forma quase inconsciente.

História

As noções sobre o mundo após a morte que prevalecem ultimamente começaram a ser moldadas há milhares de anos, nas culturas mais antigas do planeta, e foram sofrendo modificações com o passar do tempo.

Nas antigas civilizações do Oriente Médio a vida depois da vida era vista como algo sem muitos atrativos, prevalecendo assim a idéia de que o ideal mesmo era aproveitar ao máximo a vida na Terra.

Caronte

Segundo os historiadores, os sumérios acreditavam que a alma simplesmente entrava no kur, uma espécie de inferno, onde ficava eternamente vagando sem objetivo; para chegar ao kur, ela precisava atravessar um rio, conduzida por uma barca, visão que posteriormente ressurgiu na Grécia: o rio era o Estige; e o condutor da barca, Caronte.

Alguns pesquisadores entendem que muito do que foi escrito na Bíblia teve início, na verdade, entre os sumérios, como a idéia do dilúvio.

Dessa forma, é possível que para eles a vida após a morte fosse mais complexa.

As civilizações da Assíria e Babilônia também são apresentadas como tendo uma visão semelhante sobre a vida no além, com as almas de humildes e poderosos indo igualmente para o arallu, um mundo subterrâneo sem ar ou alimentos, do qual nenhuma alma retornava.

Demônios vigiavam as sete barreiras que separavam o arallu do mundo dos vivos, e as recompensas para uma vida correta e de obediência aos deuses eram distribuídas em vida. Dizem que os fenícios viam as almas como sombras que viviam num mundo sem prazeres, ainda que tomassem todo o cuidado para sepultar os corpos com seus objetos pessoais.

sheol

Vários historiadores entendem que a imagem da vida após a morte que os patriarcas da religião judaica tinham era de uma existência sem atrativos numa religião subterrânea chamada sheol, o país das trevas, do caos e do silêncio.

A partir do século I a.C., já se ouve mencionar a felicidade que era reservada aos justos e, também nessa época, surge a idéia da ressurreição dos mortos e da eficácia das orações às almas para libertá-las dos pecados, noção que posteriormente impregnou o pensamento cristão.

No entanto, muitos historiadores afirmam que a noção de um inferno e um paraíso, assim como da ressurreição, já estavam presentes na região num período bem anterior com o zoroastrismo, que se desenvolveu na Pérsia a partir do séc. VI a.C.

O Outro Mundo

É difícil dizer com exatidão qual a mais antiga visão de um mundo após a morte. Segundo as próprias origens lendárias do zoroastrismo, a religião em si teria mais de dez mil anos, uma vez que tem origem entre os arianos que viviam no norte da Sibéria e migraram para a região da Pérsia e Índia há vinte mil anos.

Muitos pesquisadores entendem que a visão egípcia é mais antiga do que a hindu, e os mais ousados afirmam que as religiões do mundo nada mais são do que um reflexo de um conhecimento ainda anterior, remontando às civilizações da Atlântida e Lemúria, com datas que vão de quinhentos mil até dezoito milhões de anos.

Atlântida

  

Lemuria

O conhecimento da dimensão espiritual seria, portanto, anterior às civilizações hoje conhecidas pela história e arqueologia, e teria sido trazido até nós por seres de outros planetas, que possuiriam informações científicas sobre as demais dimensões da existência. Esse pensamento é rechaçado pela maioria das religiões, doutrinas ou linhas de pensamento espiritual, encontrando resistência até mesmo dentro do espiritismo, apesar de Kardec ter citado a existência após a morte em outros planetas.

Esteriótipo Céu e Inferno

As descrições católicas da vida após a morte que se sobrepuseram às demais noções européias apresentavam um inferno, um purgatório, um limbo e um paraíso, e acabaram se tornando clássicas e preponderantes…

Incorporando as dos gregos, por exemplo, que também acreditavam em um julgamento e numa espécie de paraíso, os Campos Elísios.

Costuma-se dizer que as noções de reencarnação e de um mundo extrafísico bastante ativo propagaram-se no Ocidente a partir de meados do séc. XIX, com a teosofia e, especialmente, com o espiritismo.

II Concílio de Constantinopla

Outros insistem que a Igreja Católica defendia a crença na reencarnação até a realização do II Concílio de Constantinopla, em 553, quando teria sido proibida e considerada heresia. Os estudiosos cristãos não concordam com isso, afirmando que o assunto tratado era a preexistência da alma.

No entanto, o tema é discutido ainda hoje, e existem inúmeras passagens da Bíblia e palavras de Jesus que são apresentadas como prova de que ele se referia à reencarnação.

O que muitos especialistas afirmam é que, de fato, as idéias de reencarnação e de uma vida após a morte estavam quase que totalmente abafadas na Europa do séc. XIX, esquecidas, até que o mundo espiritual entendeu ser o momento de se manifestar.

Irmãs Fox

O interesse público pelo assunto começou a aumentar depois de 1848; quando as irmãs Fox afirmaram ter estabelecido contato com os espíritos dos mortos, uma verdadeira mania pelos espíritos tomou conta do mundo, especialmente da Europa.

Essa situação se fixou com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857, por Allan Kardec.

Em 1875, Helena Petrovna Blavatsky deu a sua contribuição com a fundação da Sociedade Teosófica, que, apesar de muito combatida ainda hoje, teve o mérito de mais uma vez despertar o Ocidente para inúmeras tradições orientais sobre o mundo espiritual e a vida pós-morte.

Mudanças

A verdade é que depois dessa época, as coisas nunca mais foram as mesmas. O que era considerado uma visão restrita do catolicismo cedeu cada vez mais espaço para idéias extremamente bem organizadas a respeito do mundo espiritual.

Mesas Girantes

Muitos disseram que a tentativa de se comunicar com os espíritos era, no final do séc. XIX, apenas um modismo e que por isso tantas pessoas interessaram-se pelo assunto.

Outros, entretanto, entendem que essas tentativas de contato com o mundo espiritual representavam um verdadeiro anseio das pessoas, que não era atendido pelas demais religiões ou linhas de pensamento espiritual.

A reação das demais religiões ao espiritismo foi óbvia, uma vez que a nova doutrina praticamente dispensava os intermediários entre o mundo material e o mundo espiritual, ainda que a utilização de médiuns fosse, e ainda seja, uma constante.

As pessoas começaram a perceber que elas mesmas tinham um dom que, em determinados casos, as possibilitava de entrar em contato com essa outra dimensão, sem que fosse preciso o aval de um padre ou pastor.

William Crookes

De uma maneira ou de outra, esse tipo de consciência parece ter impregnado o pensamento espiritual do século seguinte, e até mesmo a ciência, que passou a pesquisar as manifestações mediúnicas de forma nunca antes vista, especialmente na Inglaterra, onde cientistas famosos como William Crookes dedicaram-se aos estudos.

As descrições sobre o mundo após a vida física fornecidas pelos espíritos tornaram-se cada vez mais detalhadas, complexas e numerosas.

Kardec referiu-se a espíritos desencarnados vivendo em Júpiter e em outros planetas do sistema solar, ainda que numa dimensão diferente daquela em que vivemos – uma noção difícil de ser aceita e discutida pela ciência da época, mas que hoje já se tornou tão comum que as pessoas chegam a desconfiar das chamadas “canalizações”, tamanha sua quantidade e variedade.

Mais recentemente, as pesquisas em torno das chamadas experiências de quase-morte também abriram um novo campo de estudos e especulações sobre o mundo do além, especialmente a partir dos trabalhos de Raymond Moody e Elizabeth Kubler-Ross.

Raymond Moody e Elizabeth Kubler-Ross

Tem sido demonstrado que pessoas tidas como clinicamente mortas por alguns minutos – especialmente em meio a cirurgias – chegaram a ter visões dessa dimensão, ainda que sem a riqueza de detalhes que os médiuns apresentam. Tratava-se de uma indicação de que um fenômeno estava ocorrendo.

A ciência ortodoxa ainda resiste a essas explicações e continua tentando apresentar alternativas para os fenômenos, mas as mensagens dos espíritos continuam acontecendo – e cada vez mais.

Parece, realmente, que a dimensão espiritual encontra-se mais próxima da nossa, facilitando o contato e estabelecendo uma ponte mais segura para a comunicação e entendimento dos encarnados.

Algumas técnicas que vêm sendo desenvolvidas, especialmente na chamada transcomunicação, parecem indicar um caminho novo para as pesquisas, com a utilização de moderna tecnologia sendo cada vez mais necessária para que se obtenha uma maior credibilidade para as comunicações.

A tentativa de se saber mais sobre a vida depois da vida continua sendo um tema apaixonante, e relativamente abandonado pela ciência, que não consegue encontrar ou definir o instrumental adequado para sua exploração.

O fato é que cabe a cada um saber até que ponto confiar nas mensagens enviadas pelo mundo espiritual, separando as informações válidas daquelas fornecidas por pessoas que apenas querem se aproveitar de uma curiosidade que vem acompanhando a humanidade ao longo de sua existência no planeta.

 Continua parte 3…

http://despertardegaia.blogspot.com/