Você não apenas deixa de se lembrar dos seus problemas como se torna livre de si mesmo por um tempo – e o que poderia ser mais relaxante do que isso? Afinal, muitos de nós humanos temos dificuldade de viver consigo mesmo, afinal são tantas coisas negativas que temos em mente: problemas, dívidas, traumas, defeitos que não gostamos de pensar que temos; que a melhor solução momentânea que procuramos na terceira dimensão é nos ver livres de nós mesmos…
Mas será que a televisão é benéfica por causar esse tal “relaxamento mental”? Não, a televisão não é benéfica para nossa mente e vou explicar o porquê.
No entanto, continua assimilando os pensamentos e as imagens que chegam à tela. Isso induz um estado passivo semelhante ao transe, que aumenta a suscetibilidade, e não é diferente da hipnose. É por isso que a televisão se presta à manipulação da “opinião pública” e o que passa no Fantástico cai na boca do povo na segunda-feira.
É só observar o seu ambiente e ver que as pessoas usam o tempo no cafezinho da empresa, ou na hora do almoço entre amigos para comentar matérias que foram passadas no Fantástico ou Jornal Nacional e acabam repetindo as frases e opiniões passadas na reportagem; e a grande parte das notícias é negativa, gerando uma egrégora cada vez mais negativa na mente das pessoas no planeta.
É por isso que a televisão se presta a manipulação da opinião pública; como é do conhecimento de políticos ou de grupos (o tal “governo oculto”) que atuam por trás de propagandas, filmes, novelas, reportagens – eles gastam fortunas para nos prender no estado de inconsciência receptiva.
O tal “governo oculto” quer que toda população pense de forma padrão e limitada, e fazem isso através de mensagens subliminares (e também explícitas, aliás, bem explícitas; vide o programa Big Brother Brasil) através das programações populares de televisão. E se observarmos ao nosso redor, veremos que o “governo oculto” obtém bastante êxito no objetivo de controle com a grande maioria da população.
Embora ela nos proporcione um pouco de alívio em relação à mente, mais uma vez pagamos um preço alto: a perda da consciência. Assim como as drogas, essa distração tem uma grande capacidade de viciar.
Se assistir TV fosse estimulante para o pensamento, motivaria nossa mente a pensar por si mesma, o que é mais consciente e, portanto, preferível a um transe induzido pela televisão.
Algumas atrações humorísticas acabam sendo importantes para nossa alma; fazendo-nos exercitar o bom humor e, dessa forma, poderemos refletir sobre a insensatez humana e o ego com mais facilidade, além de nos ensinar enquanto nos fazem rir. Mas, para ter um efeito positivo sobre a mente, precisamos saber escolher o que assistir.
O livro “A vida em Linhas” diz: “O nosso cérebro não sabe a diferença do passado, presente e futuro, não sabe a diferença de um acontecimento real da fantasia. Para o nosso cérebro “fazer” ou “pensar” produz o mesmo efeito.”
A atenção deficiente (mudar de canal incessantemente pode agravar isso), de curta duração, torna todos os nossos relacionamentos e percepções superficiais e insatisfatórios. O ser humano pode perder a paciência de aprender algo ou de ouvir alguém; o inconsciente pode buscar “mudar de canal a todo instante” (mudar de parceiro a todo instante, mudar de roupa, mudar de cabelo), causando a falsa sensação de que iremos encontrar algo que nos satisfaça completamente, desviando a atenção do seu eu interior. Errado, não sigam por esse caminho!
Não aumente o volume além do necessário e procure desligar a televisão e fazer alguma atividade física ou intelectual, ou apenas a curtir as pessoas que estão ao seu lado, principalmente se tiver crianças na casa.
Nós sempre queremos mudar algo: queremos que o governo mude, que nosso chefe mude, as mulheres querem que o marido mude e vice versa, queremos que nosso vizinho mude, que nosso filho mude, queremos mudar o mundo; mas, e mudar a nós mesmos? E quanto a mudar nossos hábitos mais antigos e mudar o que pensamos?
Jesus Cristo também falava para os discípulos que tentavam compreendê-lo: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a teu semelhante e a teu Deus”.
Ao que tudo indica, exercitar o cérebro cria uma espécie de reserva. É possível que, quando necessário, os atletas mentais consigam recrutar outras áreas do cérebro mais facilmente, ou talvez compensem a perda por usarem cada área de forma mais eficiente.
“Leitura é um exercício fantástico. Quem não lê está fadado a uma memória mais lenta”, diz Iván Izquierdo, neurocientista da PUC gaúcha. Enfrentar desafios e sair da frente da TV também ajuda, assim como fazer exercícios físicos. Eles não só permitem que o seu cérebro funcione melhor como, provavelmente, fazem nascer novos neurônios.
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